
"Durante o dia, o hospital é um labirinto de corredores angulosos, com um borrão de branco fluorescente pairando sobre nossas cabeças" - Khaled Hosseini - Esta é uma excelente definição do ambiente de um grande hospital. Durante estes 20 dias, já conheci quase todas as alas e existem algumas em que realmente não me sinto muito a vontade (a unidade coronariana, por exemplo).
Como já citei anteriormente, os dias passam arrastados e as novidades, na grande maioria, referem-se à entrada ou saída de pacientes ou a algum caso contado pelas enfermeiras. Hoje em especial houve uma movimentação grande com a liberação de quartos que estavam com dois pacientes cada. Camas e cadeiras nos corredores, limpeza geral dos quartos, retirada de roupas de cama, uma grande confusão organizada.
Pois é, um hospital funciona assim: uma grande confusão organizada de uma forma que a gente leva um tempo para compreender (quando consegue!). Mas ela está lá, presente, implacável.
Na definição geral sou o Homem Bomba, aquele que não aparenta nenhum perigo mas que pode gerar um grande tumulto a qualquer momento. Assim, minha familia tem se desdobrado para manter sempre alguém comigo. Além da Andréa, minha mãe e irmã se deslocaram de BH para ficar comigo um final de semana cada.
Como meu quadro tem se mantido estável, resolvi falar um pouco sobre meus acompanhantes. Alguém já viu a mãe roncando estrondosamente no meio da madrugada? Alguém já viu a irmã babando num sofá no meio da tarde? É surreal! É inexplicável a vontade (sempre contida, claro) de cair na gargalhada. Naturalmente, eu tirei algumas fotos e gravei alguns pequenos vídeos, mas para minha própria segurança, isso ficará guardado a setecentas chaves.
Mas tenho que reconhecer o esforço de todos. Não só pelo fato de terem se deslocado de BH para Vitória, mas também por terem me aguentado durante três dias. Mas família é isso e eu posso me considerar afortunado.
hehehehe... Não aguentou e escreveu, né?
ResponderExcluir